sábado, 18 de dezembro de 2010

Eu não espero nada...

Não espero nada em troca. Desta vez, eu não espero nada.
xxx

Eu fecho os olhos e consigo dormir.

Já é de manhã e eu não dormi nada. Meu pai diz que eu vou me atrasar, mas isso, com certeza, é o de menos. Ando meio desligada de fatos rotineiros como este. É só mais uma regra que deixou de ser aceita por mim naquele dia ou, melhor dizendo, hoje. Eu não estava fazendo esforço para chegar na hora.
Peguei minha mochila, soltei meu cabelo e dei um " Até Logo!" pouco animado.
Em meu caminho, eu não ousava qualquer tipo de sorriso. Andava com a cabeça baixa e presa aos meus pensamentos.
Chuva fina, então, acabei resolvendo prender o cabelo antes que eu fosse obrigada a abrir aquele guarda-chuva cafona que minha mãe me deu. As pessoas tinham uma maneira estranha de notar a minha presença. Elas observavam-me atentamente como se eu fosse algo de muito inovador em suas meras vidas pacatas. Enfim, eu só estava indo pra escola e não pretendia chamar a atenção de ninguém. Nem eu presto tanta atenção em mim mesma.
Eu realmente não tenho me importado com tantas coisas e não espero surpresas, pois não estou preparada para me sentir ou fingir estar despreparada e entusiasmada para algo novo, pois, na verdade, eu não estou e nem quero estar.

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