Acordar, levantar e esquecer que hoje faz um mês desde a última vez que ouvi o som da sua risada ecoando em meus ouvidos. Espero que entenda minha dor, mas jamais desejo que a sinta.
Não sinto o ar em meus pulmões e o coração parecer quase parar.
Olho para a janela e me aproximo um pouco mais. Tudo que posso ver é o céu cinza, algumas roupas penduradas e minha mãe com seu sorriso compreensivo. Que dia...
Tenho meu olhar bem distante na maior parte do dia e creio que temo esquecer de cada detalhe que envolve você, eu e o nós que existe bem aqui. Eu sei que existe, e você também.
Estou três minutos atrasada para viver minha vida e esquecer que a distância é apenas mais um fator. Sonho com o dia em que esta mesma acabe, antes de acabar comigo.
Sinto um choro desesperador dentro de mim que pode se tornar externo a qualquer momento e, parar piorar, sem avisar.
Meus amigos riem, as pessoas passam, o tempo se arrasta. Eu continuo com meu olhar distante que não é capaz de demonstrar reações imediatamente aceitaveis; Estou fria, quieta e triste. Receio que as pessoas já comecem a suspeitar disso.
Sem sorrisos guardados, caminho em direção ao nada, pois confesso que a rotina me transformara em algo automático.
De repente, ouço uma melodia que me desperta, enfraquece meus joelhos e me faz crer na possibilidade da existência de borboletas no meu estômago. O mundo para pra mim e, em seguida, percebo meu coração em um ritmo familiar. É a nossa música... Ela soa como um coro de Aleluia, mas é apenas meu celular e eu precisava atendê-lo.
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