Todos diziam para eu esquecer ele, mas eu não conseguia. Na verdade, eu não queria esquece-lo, só queria ele de volta pra mim. Cada dia que passava eu sentia mais a sua falta, mesmo lembrando de todas as vezes que ele me machucou. Feriu meu coração com palavras, anulou a promessa de nunca me deixar, esqueceu de tudo o que aconteceu entre nós dois. Eu poderia nunca tê-lo beijado, mas era como se seu beijo estivesse cada vez mais colado em minha mente. Seus abraços, seus carinhos, o modo como segurava minha mão, tudo parecia muito real. E depois ele fez com que eu me sentisse como se meu mundo estivesse acabado, disse que eu não significava nada e me descartou como se eu fosse um pedaço de papel amassado, que se joga no lixo sem nem querer se lembrar do que havia escrito. Eu lembrava de cada detalhe. Sorria ao relembrar dos momentos bons, chorava ao imaginar que aquilo poderia nunca mais voltar. E eu realmente não entendia, como eu podia amar tanto alguém que acabou com meu coração? Eu não queria desistir dele, eu queria ele ao meu lado como antes, eu queria voltar no tempo e fazer com que tudo tivesse sido diferente. Dia pós dia eu continuava com esse pensamento, de quere-lo mais perto, de precisar dele cada vez mais. Até que resolvi abaixar a cabeça e voltar a conversar com ele. Eu sabia que ele poderia me machucar de novo, e que ele poderia muito bem fazer com que todas as minhas lágrimas se repetissem. Mas era por um bom motivo. Uma vez me ensinaram a não desistir do que me faz feliz, e eu queria levar esse conselho para aquela parte de minha vida. Voltei a falar com ele. Eu sabia que logo meu coração poderia se quebrar em mil pedaços novamente, mas lembrar que eu ao menos pude ouvir sua voz novamente, faria ficar tudo bem. Ter seu toque de novo era naquele momento tudo que eu queria. Deixei meu orgulho de lado, segurei com força toda a esperança que eu podia carregar e segui em frente. Afinal, o que poderia dar errado? Imaginando todas as vezes que eu cai e levantei novamente , tentar mais uma vez não ia doer praticamente nada.
